A difícil missão do brinquedos nos dias atuais

terça-feira, 11 de outubro de 2011
Amanhã é comemorado o Dia das Crianças. Uma data meramente comercial, pois a única atenção que temos que ter nesse dia é comprar presentes para os filhos, sobrinhos, afilhados, etc. Exceto o fato de ser comemorado na mesma data o Dia de Nossa Senhora Aparecida, nunca vi alguma outra atitude maior, mais grandiosa que tivesse sido tomada nesse dia. Pois bem, mesmo assim, sempre foi e ainda é um dos meus feriados preferidos, e como eu tenho dois filhos, também não vou deixar passar em branco. Sendo assim, vou compartilhar alguns valores que eu acredito e que acho que deveriam ser levados em consideração para todos aqueles que tem filhos ou que pretendem presentear suas crianças.

O brinquedo tornou-se algo orientado ao consumo banal, servindo somente para distrair a criança e dar um “tempo” para o adulto – que não quer participar de alguma atividade em comum com ela no momento, ou que na maioria das vezes, não tenha tempo para se dedicar. Os pais se distanciaram do papel de educadores e aceitaram o de provedores.
Só que a tarefa do brinquedo não é distrair a criança. Sua tarefa é muito mais nobre e complexa: cabe ao brinquedo transmitir informações sobre a natureza, sobre o homem e suas criações à criança.

A infância é a fase de preparo para a vida adulta, o início da humanização. Todas as atividades experimentadas nela influenciarão seu filho para toda a vida – você aceitando isso ou não. Brinquedos simples e robustos que imitem a vida cotidiana e tragam boas mensagens; que utilizem materiais naturais como madeira, tecido, lã, algodão e pedras; que tragam informações sensoriais (texturas, cheiros, etc.) e que transmitam aconchego e calor são os mais indicados.

Veículos de madeira, bonecas de pano, bolas de lã, casinhas de madeira, giz de cera, papel, brincadeiras com água, com vento, com terra: esse universo se torna mágico para a criança e estimula sua criatividade e segurança. Pequenos blocos de madeira que podem ser empilhados virando carros, trens, casas, pessoas… a imaginação precisa ser estimulada principalmente na infância.


As bonecas exercem um papel fundamental na humanização durante a infância, tanto de meninos quanto meninas, pois relacionam-se durante muito tempo com a criança e tornam-se um espelho de suas necessidades e aprendizados.

Não dê brinquedos prontos, totalmente acabados e perfeitos. Ou pior: não dê brinquedos que brincam sozinhos e transformam a criança num mero espectador. Brinquedos com cores berrantes, sons estridentes, texturas lisas e frias, inspirados em figuras humanas deformadas, que no fundo foram criados visando somente o lucro, não faz bem à nenhuma criança. Normalmente são logo abandonados, criando um tédio profundo.


Alguns nem resistem tanto tempo, quebram antes… transmitindo uma mensagem de insegurança e desconfiança com relação ao que os adultos produzem. Não permita que seus filhos sejam tratados como consumidores. 

Busque o conhecimento necessário para prover ao seu filho a melhor orientação e estímulo à sua humanização, desde pequeno.
Vivemos num mundo que valoriza extremamente a condição material e não estamos bem com isso. Resgate valores em você mesmo e os transmita aos seus filhos.

Fonte: A Pedagogia Waldorf – Rudolph Lanz

2 comentários:

Anônimo Says:
12 de outubro de 2011 às 06:43

Muito bom o texto. Mas a Bisa vai voltar os olhos aos céus e pedir a proteção de Deus a estas crianças Que Deus as abençõe seeempre.Amém.Beijos a elas.Vozuca.

Ler e Amar Says:
13 de outubro de 2011 às 05:37

Muito importante esse texto!!!!
Aliás, indiquei teu blog para uma mamis aqui de Tubarão... Beijãooo amiga

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