5 Casar ou viajar?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Casar ou viajar? Na dúvida, faça os dois!



Detalhe da decoração do casamento em Fiji
branco & preto, café com leite, pimenta & sal


Sou casada há 10 anos. Quer dizer, há exatos 10 anos conheci o meu marido e com 6 meses de namoro estávamos morando juntos. Não era exatamente um casamento. Ele tinha a grana dele, eu a minha. Ele tinha os amigos dele, eu os meus. Também tínhamos os nossos, que aliás, foi através deles que nos conhecemos. Ele tinha o armário dele, eu a minha mala (melhor assim, em caso de emergência era só pegar a mala e voltar para o meu apartamento). A escova de dentes, essa sim, dividíamos o mesmo copo de requeijão . Ele tinha uma casa, e me chamou para morar nela. E foi assim por muitos anos até ele ter que ir embora, mudar de cidade. Ele foi. Eu fiquei. Nos separamos. Ficamos assim por 8 meses, mas vimos que não dava. Queríamos mesmo era ficar juntos. Fui atrás dele. Larguei tudo: grana, amigos, estabilidade e, ah... o guarda-roupa recém comprado com o meu supersalário. Mas tudo bem. Eu queria mesmo era estar junto. Juntamos as escovas de dente de novo. Ele tinha uma barraca e me chamou para morar lá. Casamos de novo. Desta vez num estilo élfico* Vivíamos uma fase idealista, romântica. Mas para evitar maiores problemas e cobranças por parte da sociedade, resolvemos oficializar. Até porque, não era exatamento um casamento. Dias depois do casamento élfico,  resolvemos ir pra cidade (nessa época estávamos morando num vilarejo chamado São Jorge na Chapada dos Veadeiros – por isso a barraca e não uma casa) fazer o contrato num cartório. Procuramos um cartório em Brasília. Assinados os papéis saímos para tomar um chopp e comer uma pizza para comemorar. Ligamos para os pais avisando (os dele em Brasília, os meus em Ibiraquera uma praia de Santa Catarina). Comoção geral. Um misto de felicidade e desapontamento. “ Mas porque assim, tão rápido?”  “Porque não fazer de maneira tradicional?” “Já sei, vc ta grávida!!!”. Não gente, não era nada disso. Será que essa coisa de casar é tão complicado assim? Pra gente não era. Isso foi no dia 20 de março de 2006. Não queríamos gastar aquela grana toda numa cerimônia tradicional, pensávamos mais era no nosso amor, na nossa união. Então resolvemos sair e comemorar a nossa lua-de-mel. Fizemos uma boa escolha: Fiji. Meu sonho era o mesmo de muitas meninas da minha geração, casar naquele lugar paradisíaco do filme Lagoa Azul. Assim fizemos e em novembro de 2006 estávamos os dois numa das ilhas do Pacífico desfrutando da nossa lua-de-mel e de mais um casamento. Casamos de novo. Só eu e ele.  Num cenário paradisíaco, um sonho. Agora essa coisa de casar em outros lugares virou moda e tem até nome Destination Wedding (mas isso é assunto pra outro post, e quero muito falar sobre isto). Resolvemos viver a lua-de-mel por mais 4 meses. Ficamos pela Nova Zelândia aproveitando nossos dias de mochileiros e gastando nossas últimas economias (aquelas guardadas para uma possível festa de casamento). Depois dos 4 meses voltamos para o Brasil, voltamos para Floripa que foi o lugar onde nos conhecemos e onde tudo começou. E recomeçamos nossa história. Passaram os anos, os filhos vieram. Um casal. Agora sim, dividimos a mesma casa, a mesma grana, ou melhor, despesas, o mesmo guarda-roupa, os mesmos amigos que também são os mesmos desde o começo, mas que agora são nossos. Até a escova de dentes a gente divide. Dividimos tudo. Agora queremos casar de novo. Casar casar, na igreja, com cerimônia, padrinhos, vestido branco, véu e grinalda. Mas antes acho que vamos viajar, agora os 4. Ai Duvida cruel!!! E aí, casar ou viajar? Na dúvida, faça os dois! Nós aprovamos!


* O casamento élfico é bem distinto das outras culturas. Ele é uma experiência particular entre os envolvidos. O casal vai para algum lugar afastado e, depois de algum tempo meditando lado a lado, fazem os votos matrimonias. A vida particular do casal não diz respeito à coletividade.

Dividindo alguns momentos do casamento/viagem em Fiji:

Malolo Island - Musket Cove Resort

O cenário

Preparativos para a cerimônia

Aguardando o motorista (do barco)
O Brinde dos noivos
Feliz da vida

 E este foi o local do outro casamento, o élfico:

Vale Dourado - Chapada dos Veadeiros


0 Integral Bambu e a arte sustentável do Nós do Bambu

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Para os que curtem trabalhar com o corpo e a mente de um jeito não convencional, uma nova alternativa de malhação é o Integral Bambu. Uma filosofia de vida que mescla ensinamentos da ioga com atividade física.


Movimentar o corpo em pirâmides de bambu é uma técnica já conhecida em Brasília. Em 2000, enquanto fazia exercícios em uma árvore, o idealizador do movimento, Marcelo Rio Branco, teve a ideia de montar pirâmides de bambu para praticar atividade física. Ele formou um centro de treinamento e a prática se popularizou no Distrito Federal. A Chácara Integral Bambu fica em Brasília e é o local onde os adeptos dessa prática se reúnem.

O exercício exige habilidade para pular de um bambu para outro, força e autocontrole para ficar suspenso no ar. Há técnicas de ioga e alongamento. A prática melhora a qualidade de vida, tonifica os músculos e reforça valores como harmonia, socialização e simplicidade.

Marcelo acrescenta que qualquer pessoa, desde que tenha assistência de um profissional, pode praticar o Integral Bambu. Saltos, alongamentos e suspensão, os movimentos e as acrobacias variam conforme o limite de cada um, por isso pode ser praticada por crianças, adultos e idosos. 

O Integral Bambu tem como proposta a conquista da autonomia e do autoconhecimento. Norteados por alguns princípios como sobrevivência, liberdade, evolução, criatividade, diversidade, harmonia, expressão, socialização, simplicidade, entre outros, busca-se a melhor respota para o treinamento físico, visando a longevidade funcional. 

Além de desenvolver a coordenação motora, a atividade traz os benefícios de tonificar os músculos, fortalecer a auto-estima e valorizar a criatividade e o equilíbrio.

Nós No Bambu

Corpos, bambus e movimento: assim nasce a Cia. Nós No Bambu. Seu repertório de dança acrobática sobre esculturas artesanais de bambu é mais uma faceta que se descerra do imprevisível Circo Contemporâneo. A grandeza velada desta arte peculiar se dá na adaptação constante de tato e força dos intérpretes a este material natural suscetível às variações climáticas. Oito anos de pesquisa, originada no método Integral Bambu, resultam em uma expressão artística sustentável e inovadora. 

Nós No Bambu iniciou suas atividades em 2003, como representante da vertente artística da Integral Bambu. Eles pesquisam sistematicamente sua linguagem, construindo repertório de movimentos e aprofundando expressões artísticas sendo pioneira em seu ofício. Seu trabalho inovador está contextualizado no movimento do Circo Contemporâneo.

Em 2005, apresentou sua primeira montagem, Contrastes. Até 2006, a companhia se apresentava apenas como Integral Bambu, quando adotou o nome Cia. Nós No Bambu. No mesmo ano, a qualidade de seu preparo artístico foi confirmada pelo Cirque du Soleil, que incluiu três das integrantes da companhia em seu casting. Em setembro de 2008, Nós No Bambu levou ao grande público seu projeto mais ousado, até então: Uirapuru Bambu – espetáculo performático.

O bambu, que sustenta os corpos dos acrobatas, dá origem a uma arte sustentável, por ser uma matéria-prima natural e renovável. Esta gramínea sempre desempenhou um papel importante no desenvolvimento da humanidade e, agora, impulsiona os acrobatas de Nós No Bambu a desafiar a gravidade e os limites humanos.
Assista o videoclipe do Uirapuru Bambu espetáculo performático da Cia. Nós do Bambu. Fantástico!!!



CRÉDITOS

direção geral e produção POEMA MÜHLENBERG
direção e câmera ADRIANA DE ANDRADE E FLÁVIO MACHADO
câmera adicional KRISHNA SCHMIDT
assistente PIERRE ALEXANDER

trilha sonora PEDRA BRANCA
direção e produção musical LUCIANO SALLUN
Músicos AQUILES GHIRELLI (didgeridoo) e DANIEL PUERTO RICO (pandeirão e caxixi)

edição SANTIAGO DELLAPE
edição de som SOUNDZ - Produtora de Áudio


1 Anúncios criativos da WWF

terça-feira, 27 de setembro de 2011
Veja abaixo anúncios super inspiradores feitos pelo pessoal da WWF. 
Sem mais explicações, as imagens dizem tudo. 











Chocou? Nosgusta!

0 Campeonato Mundial de Kitesurf - Ilhas Maurícius

segunda-feira, 26 de setembro de 2011



O campeão mundial de Kitesurf na categoria "ondas", Guilly Brandão, criou um novo Circuito Mundial de Kite, inspirado no Dreams Tour do surfe. A idéia do Kitesuf Pro é levar a elite do esporte para os melhores lugares do mundo para a modalidade, como, por exemplo, praia de Ibiraquera, em Santa Catarina, Ilhas Maurício, Cabo Verde e Peru. Para participar do grupo, de no máximo 20 kitesurfistas, é preciso se manter entre os oito primeiros do próprio circuito ou se classificar pelo ranking da Associação de Kitesurfistas Profissionais, o atual circuito mundial.
 Está rolando na Ilhas Maurícius a primeira etapa do Campeonato Mundial de Kitesurf nas ondas e o nosso grande amigo Maurício Pedreira estreando em seu primeiro ano no circuito, mostrou para o que veio. Foi destaque e autor do maior somatório de pontos do primeiro dia. O atleta escolheu boas ondas e fez boas notas para vencer Guilly Brandão (atual campeão) e Jeremie Elloy, e teve o seu surf elogiado por todos na praia.





O evento segue em condições épicas, ondas de 8 a 12 pés fortes e tubulares.
 Condições, talvez, nunca vista antes.
O campeonato se baseia no formato do WCT do surf e reúne os melhores 24 atletas do mundo.

Nessas condições favoreceram ao surf power e menos estricnina.
Baiano (apelido como é chamado Mauricio Pedreira) estamos na torcida!!! 
NOSGUSTA

2 Viva a sociedade alternativa


Estimulando criatividade, despojamento, alimentação saudável, amor à natureza e equilíbrio espiritual, a antroposofia está mostrando que é possível viver melhor e mais feliz, como nos velhos bons tempos.

Meu primeiro contato com a antroposofia foi numa viagem ao exterior, quando devido a um mal-estar ininterrupto, encontrei a paz através de uma consulta a um médico antroposófico (por acaso - apesar de eu não acreditar em acaso... prefiro usar sincronicidade) e aos medicamentos da Weleda. Depois disso, já de volta ao Brasil, passei a estudar sobre o assunto e aos poucos a antroposofia foi se apresentado em nossas vidas (sempre por acaso...). Hoje ela está presente em várias áreas do nosso cotidiano e entrando de maneira homeopática em nossa realidade. Em Florianópolis, temos uma comunidade antroposófica bem grande, com clínicas, médicos, escolas, cursos, etc. 

A antroposofia está fascinando muitos brasileiros. Pelo menos 700 médicos utilizam-se de seus princípios, recorrendo a chás e outras receitas caseiras e evitando o excesso de medicamentos. E já há 13 escolas, disputadíssimas, nas quais as crianças aprendem primeiro a viver a vida, envolvidas em atividades realmente infantis, em vez de serem preparadas precocemente para o mercado de trabalho. Existe também um grande laboratório (Weleda), que fabrica remédios, chás e cosméticos naturais, uma editora (Antroposófica), com dezenas de títulos publicados, e até o luxo de uma rede de produtores agrícolas biodinâmicos, que fornece queijos, iogurtes, pães, verduras e frutas de qualidade muito especial.

Criada no começo do século XX pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), essa ciência humanista vem sendo aplicada mundialmente em áreas tão diversas como medicina, educação, agricultura, economia, farmacologia, teatro e artes plásticas, organização social e espiritualidade.

Ao pé da letra, trata do conhecimento (sofia, no grego) sobre o ser humano (antropos).

Seu princípio fundamental é a conexão entre o homem, a natureza e o sagrado, que se manifesta em todos os fenômenos, em nível interno e externo, anímico e material. A antroposofia acredita que é preciso desenvolver o homem integralmente, considerando sua alimentação, moradia, relacionamentos sociais e econômicos, bem como sua formação intelectual e sua espiritualidade.

Um rio de obviedades, com as quais a maioria de nós concorda perfeitamente. A diferença é que os seguidores da antroposofia não apenas concordam como agem de acordo, na contracorrente, mostrando que é possível compor e manter uma sociedade alternativa mesmo dentro das grandes cidades. 

Médicos, dentistas e terapeutas passaram a procurar os cursos de especialização promovidos pela Sociedade de Medicina Antroposófica. Queriam ampliar seu conceito de medicina, para tratar o corpo físico levando em conta a força vital, os sentimentos, as emoções e a espiritualidade de cada um - os alicerces da antroposofia, que, em muito, se assemelha a outras sabedorias orientais e mesmo à de sociedades primitivas.

Steiner, formado em Ciências Exatas e editor das idéias científicas de Goethe - sim, o poeta e escritor alemão do século XIX, que era também um arguto observador da natureza -, jamais abandonou o rigor nas suas pesquisas. Ele não queria destruir a ciência, só ampliá-la. Steiner sabia que não existe apenas o mundo físico e que a cura envolve também os campos bio-energéticos mais sutis do ser humano.

A antroposofia estimula o lado direito do cérebro, responsável pela sensibilidade e pelo pendor artístico. É uma contrapartida à sociedade atual, que leva em consideração apenas o lado esquerdo do cérebro, o da racionalidade, da objetividade.

Apesar de muitos princípios e crenças, a antroposofia não é dogmática, não exige comprometimento total com suas cartilhas. Também não é seita, nem clube de associados, o que a torna simpática aos novos seguidores. Ao que parece, o admirável conhecimento deixado por Rudolf Steiner está se consolidando naturalmente porque é um manancial de soluções de bom senso para todos que percebem as relações entre o Homem, o planeta e o divino. E tem mesmo muito a ver com nossas avós. A antroposofia recupera o lado feminino. É o lado do amor, da proteção, do cuidado.


Pedagogia Waldorf - Uma pedagogia que respeita a alma

Em 1919, Steiner começou a pôr em prática seus inúmeros conhecimentos teóricos em Stuttgart, na Alemanha. Trabalhando numa escolinha para os funcionários da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria (daí a origem do "Waldorf" como sinônimo de antroposofia), ele pôde aplicar o que intuitivamente sabia e o que tinha aprendido. O resultado surpreende ainda hoje e talvez como nunca. O impulso à criatividade e à autonomia, o amor à natureza e às artes, a prática da meditação e o conhecimento espiritual estão se transformando no projeto de vida de mais e mais pessoas, aqui e em todo o mundo.

Aos nove anos, os alunos plantam trigo, colhem, moem a farinha, preparam o pão em forninhos de barro que eles próprios fizeram. Assim, aprendem uma das lições do tema "de onde as coisas vêm", que compõe o conteúdo nesse período. Quando aprendem a escrever, fazem o caminho do calígrafo - experimentam o lápis, a pena de ganso, a caneta tinteiro. As aulas de História falam também de lendas e mitos - como o de Atlântida, o continente que foi engolido pelas águas, citado por Platão. O violino, um dos instrumentos mais usados nas classes, estimula a área ao redor do peito - assim, as cordas fazem vibrar o coração, o que promove o despertar das emoções. "Tudo é pensado para acompanhar o desenvolvimento anímico, energético e espiritual", explica Celina Targa, professora da Escola Waldorf Micael, em São Paulo.

A escola antroposófica não é feita para pais ansiosos (a alfabetização, por exemplo, só acontece no ano em que a criança completa sete anos). Os pais são convidados a participar, e muito, de todas as atividades. "Pode até se dizer que eles se matriculam junto com o filho", diz Celina.

Há pouco tempo, por exemplo, um grupo de pais da Escola Micael plantou trigo, moeu, cortou a massa numa antiga máquina de madeira trazida de Santa Catarina e se deliciou com uma macarronada feita com as próprias mãos. Tudo para compartilhar do aprendizado de seus filhos. E isso não acontece de vez em quando: sempre tem.


Arquitetura orgânica
A saudável bagunça que pode existir na casa de uma família antroposófica causaria arrepios em um consultor de Feng Shui. Mas, nesse ambiente, graças a Deus, as pessoas vêm em primeiro lugar. Depois, sim, consideram-se os móveis, a decoração e a ordem. Os sofás serão mais macios e confortáveis do que propriamente bonitos. A madeira estará muito presente nos móveis sólidos e pesados - em geral, feitos em marcenarias de pessoas que seguem a linha de pensamento antroposófico - e as cores das paredes lembrarão as tonalidades da terra: bege, ocre, marrom, creme, caramelo.

Quem sabe, virá da cozinha o cheiro do pão feito na hora. E se houver crianças na família, provavelmente você encontrará bichinhos de madeira ou bonequinhas de pano pelo chão. Em suma, uma casa sem frescuras, onde qualquer um entra e fica à vontade.
Habituados a ângulos e linhas retas, nossos olhos reagem dançando num primeiro contato com a arquitetura antroposófica. Assim como no espanhol Gaudí ou no americano Frank Lloyd Wright, incorporam-se formas orgânicas e naturais, mas considerando ainda os aspectos energético e espiritual do uso de cada ambiente.

As janelas não são simétricas e as paredes podem, por exemplo, estar colocadas em forma de trapézio, já que essa forma, acreditam, tem ligação com a liberdade e a individualidade. Para cada ambiente há soluções que levam em conta as dimensões mais sutis do ser humano. "A arquitetura orgânica tem o brilho da vida. Ela é dinâmica, tem fluidez e movimento", diz Michael Moesch, arquiteto responsável pelo projeto de muitas casas, fábricas e escolas de inspiração antroposófica no Brasil.


Espiritualidade na plantação
Outro ramo importante da antroposofia é a agricultura biodinâmica, que, além de ser orgânica (não utiliza adubos, aditivos ou inseticidas químicos), também respeita o caráter energético e vital dos alimentos. A plantação recebe diferentes "preparados". Há fórmulas de inspiração homeopática com base em substâncias naturais como cristal ou esterco, às quais se atribui o poder de concentrar energias. Os insetos podem ser combatidos com o cultivo de vegetais que os afugentam ou, de novo, com preparados energéticos. Os ciclos e influências planetárias também são considerados. Para completar, é comum o agricultor antroposófico ser alguém que se exercita nas artes, que faz teatro e medita. Ele é o que se pode chamar de um homem integral, tal qual sua plantação. O resultado é previsivelmente saudável e delicioso.

*Esse artigo foi retirado da revista Vida Simples. Mais informações sobre antroposofia você poderá encontrar no site: http://www.antroposofica.com.br/



2 Brincadeiras Criativas para seu bebê

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


 "O encantamento é a base sobre a qual construímos o respeito por nós mesmos e pelo mundo. É esse deslumbramento que vê beleza no mundo e que nos reanima quando enfrentamos problemas e adversidades…"


O encantamento é a base da ciência, é uma emoção básica a partir da qual poderá frutificar a consciência analítica e investigativa. Por meio do encantamento, a imaginação é reavivada e podemos recriar o mundo. Como escreveu Albert Einstein: “Quando me examino e a meus métodos de pensamento, chego a conclusão de que o dom da fantasia significou mais para mim do que qualquer talento para o pensamento abstrato, positivo” …


Cesto de Tesouros 
Quantos brinquedos seu filho tem a disposição atualmente? Um monte né? Aquele bando de brinquedo de plástico, barulhento, espalhado pela casa. Eu sei como é isso, já passei por situação idêntica e todas as vezes que estudo um pouco mais sobre a pedagogia Waldorf, tenho vontade de encontrar a máquina do tempo e começar tudo de novo com meus filhos.


Seu filho não precisa de um monte de brinquedos. Ele precisa de objetos que despertem os sentidos dele. Não entre na loucura consumista com aqueles brinquedos de grife caríssimos, feitos de forma duvidosa na China, muitas vezes com material tóxico.
Conheço muitas crianças que se divertem mais com os potes e panelas da cozinha do que com os brinquedos de loja.


O conceito do cesto de tesouros foi criado pela educadora Elinor Goldshmied e é apropriado para bebês que sentam mas ainda não tem muita mobilidade.
Tenha um cesto separado para guardar os brinquedos do seu filho e outro para guardar os tesouros. O cesto manterá o bebê ocupado por longos períodos e permitirá que ele faça suas próprias descobertas. Os pais precisam aprender a não interferir no aprendizado, deixe-o com o cesto, sente-se próximo mas ocupado com suas próprias coisas, mas sempre de olho, observando o encantamento dele ao dar um novo uso para um batedor de ovos. Se ele solicitar, você participa, senão aproveite os minutos em paz e leia um livro.


Existem poucas regras para o cesto:
- Todos os objetos devem despertar os sentidos, nada de brinquedos de plástico frios e lisos e sim objetos com texturas, temperaturas e formas diferentes como: :: uma colher de sopa, :: uma pedra, :: um novelo de lã, :: uma fita, :: uma colher de pau, :: conchas grandes,. :: pedaços de tecidos com texturas diferentes, :: um pincel de barbear…
- Os objetos devem ser limpos com freqüência porque nessa fase vão imediatamente pra boca e ter um bom tamanho, não queremos ninguém engasgado. - O cesto deve ser forte, e não algo que vire facilmente, um cesto de vime de preferencia quadrado vai dar mais apoio, aqueles que se coloca pão servem muito bem. - Não coloque muitos objetos ao mesmo tempo, faça rodízios de 10 em 10, mas dê bastante tempo para seu filho descobrir o que fazer com cada um deles.


Existe um blog muito interessante Sew Liberated, escrito pela Meg, educadora Montessoriana e mãe de dois meninos, com várias dicas legais sobre filhos pequenos, aqui segue a matéria sobre o cesto de tesouros que ela fez em seu blog.
http://sewliberated.typepad.com/sew_liberated/2009/10/treasure-basket.html

1 Acolhida na Colônia

Mude um pouco 
a sua rotina.
 Nos roteiros da Acolhida
 na Colônia você será 
hospedado por
 famílias de
 agricultores 
orgânicos e 
vai se sentir
 em casa!



Silêncio e tranqüilidade… comida feita no fogão a lenha, sobremesas, cucas, pães, bolos, doces, roscas, geléias, nata, melado... café colonial quase todo orgânico… passeios sem pressa, banhos de cachoeira, o frescor e aroma da Mata Atlântica. Conheça os refúgios naturais nas terras dos agricultores ecológicos, uma experiência única.



A Associação Acolhida na Colônia tem a proposta de valorizar o modo de vida no campo através do agroturismo ecológico. Seguindo essa proposta, os agricultores familiares de Santa Catarina abriram suas casas para o convívio do seu dia-a-dia. O objetivo é compartilhar o saber fazer, suas histórias e cultura, as paisagens. hospedagens simples e aconchegantes com direito a conversas na beira do fogão a lenha, a tradicional fartura das mesas e passeios pelo campo.

 Se você gosta de marcenaria a dica e se hospedar com os Schiller. O Sr. Alfredo é um artesão simpático e talentoso, as máquinas vem na família há muitos anos e são movidas pela roda d’água. Pegar ovos no galinheiro, beber leite aos pés da vaca, brincar com filhotinhos, andar a cavalo, as crianças se divertem o dia todo. Para respirar ar puro ou transpirar, dentro da mata, em campos ou montanhas. Os guias sabem o nome das árvores e onde estão as cachoeiras. Depois disso tudo, saboreie os cafés coloniais Alemães, gastronomia italiana e vinhos.

Cientes de suas responsabilidades para com a natureza, praticam e promovem a agricultura orgânica como base de seu trabalho, garantindo com isso, uma alimentação saudável para as famílias e para os visitantes.

A proposta da Acolhida
A Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia foi inspirada na rede de agroturismo Accueil Paysan, que existe na França desde os anos 80. No Brasil, a experiência piloto iniciou-se no território das Encostas da Serra Geral, localizado entre o litoral e o planalto de Santa Catarina.
 Sua história como promotora de qualidade de vida e alternativa de renda no meio rural é marcada por diversos prêmios, dentre eles: Destaque do Ministério do Desenvolvimento Agrário (2002), Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM/ONU – 2005), Destaque em Turismo Rural IPEQ (2006) e Projeto Generosidade da Editora Globo (2008).
Em 2007, a Acolhida na Colônia foi destacada como destino  referência em turismo rural, de acordo com o Plano Nacional de Turismo 2007/2010: uma viagem de inclusão.

Atualmente, a entidade atua em cerca de 30 municípios catarinenses, envolvendo aproximadamente 180 propriedades rurais familiares, numa rede de desenvolvimento comunitário, solidário e sustentável.



 A associação está pautada nos seguintes princípios:
» o agroturismo é parte integrante do estabelecimento rural e se constitui num fator de desenvolvimento local;
» os agricultores desejam compartilhar com os turistas o ambiente onde vivem, sendo que a recepção e convívio dos mesmos deve ocorrer num clima de troca de experiência e respeito mútuo;
» o agroturismo deve praticar preços acessíveis;
» os serviços agroturísticos são planejados e organizados pelos agricultores familiares, que garantem  a qualidade dos produtos e serviços que oferecem.

2 Para brincar de um jeito mais sustentável

quarta-feira, 21 de setembro de 2011
A recém-inaugurada loja paulistana Joanninha, não vende brinquedos: só aluga! Dessa forma, as ex-publicitárias Piu e Anna querem incentivar a prática do consumo compartilhado entre as crianças, além do desapego. Para elas, mais importante do que o brinquedo, é o momento da brincadeira.








"Nosso objetivo é mesmo o de mudança”.



Às vésperas de uma viagem a Paris, no ano passado, a publicitária Alessandra Piu Sevzatian pesquisava, pela internet, lojas de brinquedos na cidade que pudesse visitar com sua filha de quatro anos. Deparou-se com uma loja diferente que, ao invés de vender produtos, os alugava. “Achei a ideia fantástica e quando voltei das férias comecei a pesquisar sobre o assunto já que queria sair do meio publicitário”, conta. A ideia interessou não só a ela, mas também a Anna Fauaz, sua então colega de trabalho em uma produtora de conteúdo digital. Hoje, as duas são sócias da Joanninha*, loja virtual de aluguel de brinquedos, lançada há dois meses. “O principal foco da Joanninha é que você não precisa ter o brinquedo para participar da brincadeira. Sustentabilidade começa nesse ponto. Não valorizar o produto, mas sim a brincadeira”, afirma Piu, como Alessandra é mais conhecida. 



Quem tem filho, sabe que, na infância, geralmente, as crianças enjoam rápido de qualquer brinquedo. Para os pais, além do peso no bolso, fica o desafio de evitar o acúmulo de tantos produtos e driblar o impulso consumista das crianças. Então, por que não incentivar a troca e a prática do consumo compartilhado? Isso pode ser feito, inclusive, entre irmãos, primos e amigos. Ou aderir ao sistema de aluguel de lojas com a Joanninha. Afinal, mais importante do que o objeto é o momento da diversão e tudo o que ele desperta, não? 



Na loja de Piu e Anna, onde os pais escolhem brinquedos para seus filhos de até doze anos, é possível aderir a planos mensais de três valores, que dão direito a moedas virtuais. Depois de um mês, todos os brinquedos - ou apenas alguns deles - podem ser trocados por outros da vitrine da Joaninnha. Caso as crianças brinquem com os brinquedos alugados na grama, areia ou com tintas, eles devem ser devidamente limpos para voltar à loja, já que serão repassados a outras crianças. Claro que um arranhão ou outro é inevitável, mas as sócias explicam que até gostam disso. “É um desgaste natural que ocorre por conta da brincadeira. Por isso, também é importante ensinar as crianças que elas estão compartilhando algo que não é delas e que não é novo, e isso pode ser muito legal”, salienta Piu. Mas isso não significa que a qualidade e a durabilidade sejam negligenciadas: estes são dois critérios de escolha dos brinquedos expostos. 
A preocupação com sustentabilidade também está nos materiais dos brinquedos da Joanninha e começa na escolha dos fornecedores. “Damos preferência a produtos feitos de madeira de reflorestamento, de bambu ou outros materiais duráveis, pintados com tinta atóxica”, destaca. Por enquanto, a Joanninha entrega e retira os produtos alugados apenas em São Paulo.  O desejo das empresárias é que, aos poucos, a Joanninha amplie a faixa etária atendida, de modo que até os adultos possam usufruir dos benefícios do consumo compartilhado. “É um novo comportamento. A gente viu isso na Europa. Não há mais espaço para as coisas e a tendência mundial é compartilhar o que já existe. Trouxemos a prática para o Brasil e temos certeza de que pode dar muito certo e ser disseminada. 




Vídeo institucional da Joanninha (www.joanninha.com.br)