Casar ou viajar? Na dúvida, faça os dois!
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Detalhe da decoração do casamento em Fiji
branco & preto, café com leite, pimenta & sal |
Sou casada há 10 anos. Quer dizer, há exatos 10 anos conheci o meu marido e com 6 meses de namoro estávamos morando juntos. Não era exatamente um casamento. Ele tinha a grana dele, eu a minha. Ele tinha os amigos dele, eu os meus. Também tínhamos os nossos, que aliás, foi através deles que nos conhecemos. Ele tinha o armário dele, eu a minha mala (melhor assim, em caso de emergência era só pegar a mala e voltar para o meu apartamento). A escova de dentes, essa sim, dividíamos o mesmo copo de requeijão . Ele tinha uma casa, e me chamou para morar nela. E foi assim por muitos anos até ele ter que ir embora, mudar de cidade. Ele foi. Eu fiquei. Nos separamos. Ficamos assim por 8 meses, mas vimos que não dava. Queríamos mesmo era ficar juntos. Fui atrás dele. Larguei tudo: grana, amigos, estabilidade e, ah... o guarda-roupa recém comprado com o meu supersalário. Mas tudo bem. Eu queria mesmo era estar junto. Juntamos as escovas de dente de novo. Ele tinha uma barraca e me chamou para morar lá. Casamos de novo. Desta vez num estilo élfico* Vivíamos uma fase idealista, romântica. Mas para evitar maiores problemas e cobranças por parte da sociedade, resolvemos oficializar. Até porque, não era exatamento um casamento. Dias depois do casamento élfico, resolvemos ir pra cidade (nessa época estávamos morando num vilarejo chamado São Jorge na Chapada dos Veadeiros – por isso a barraca e não uma casa) fazer o contrato num cartório. Procuramos um cartório em Brasília. Assinados os papéis saímos para tomar um chopp e comer uma pizza para comemorar. Ligamos para os pais avisando (os dele em Brasília, os meus em Ibiraquera uma praia de Santa Catarina). Comoção geral. Um misto de felicidade e desapontamento. “ Mas porque assim, tão rápido?” “Porque não fazer de maneira tradicional?” “Já sei, vc ta grávida!!!”. Não gente, não era nada disso. Será que essa coisa de casar é tão complicado assim? Pra gente não era. Isso foi no dia 20 de março de 2006. Não queríamos gastar aquela grana toda numa cerimônia tradicional, pensávamos mais era no nosso amor, na nossa união. Então resolvemos sair e comemorar a nossa lua-de-mel. Fizemos uma boa escolha: Fiji. Meu sonho era o mesmo de muitas meninas da minha geração, casar naquele lugar paradisíaco do filme Lagoa Azul. Assim fizemos e em novembro de 2006 estávamos os dois numa das ilhas do Pacífico desfrutando da nossa lua-de-mel e de mais um casamento. Casamos de novo. Só eu e ele. Num cenário paradisíaco, um sonho. Agora essa coisa de casar em outros lugares virou moda e tem até nome Destination Wedding (mas isso é assunto pra outro post, e quero muito falar sobre isto). Resolvemos viver a lua-de-mel por mais 4 meses. Ficamos pela Nova Zelândia aproveitando nossos dias de mochileiros e gastando nossas últimas economias (aquelas guardadas para uma possível festa de casamento). Depois dos 4 meses voltamos para o Brasil, voltamos para Floripa que foi o lugar onde nos conhecemos e onde tudo começou. E recomeçamos nossa história. Passaram os anos, os filhos vieram. Um casal. Agora sim, dividimos a mesma casa, a mesma grana, ou melhor, despesas, o mesmo guarda-roupa, os mesmos amigos que também são os mesmos desde o começo, mas que agora são nossos. Até a escova de dentes a gente divide. Dividimos tudo. Agora queremos casar de novo. Casar casar, na igreja, com cerimônia, padrinhos, vestido branco, véu e grinalda. Mas antes acho que vamos viajar, agora os 4. Ai Duvida cruel!!! E aí, casar ou viajar? Na dúvida, faça os dois! Nós aprovamos!
* O casamento élfico é bem distinto das outras culturas. Ele é uma experiência particular entre os envolvidos. O casal vai para algum lugar afastado e, depois de algum tempo meditando lado a lado, fazem os votos matrimonias. A vida particular do casal não diz respeito à coletividade.
Dividindo alguns momentos do casamento/viagem em Fiji:
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Malolo Island - Musket Cove Resort |
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O cenário |
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Preparativos para a cerimônia |
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Aguardando o motorista (do barco) |
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O Brinde dos noivos |
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Feliz da vida |
E este foi o local do outro casamento, o élfico:
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Vale Dourado - Chapada dos Veadeiros |
5 comentários:
30 de setembro de 2011 às 14:32
Isso é uma verdadeira história de amor.Mas, épica pela coragem das tomadas d decisões.Hoje, vocês formam uma linda família ,que já se pode classificá-la de tradicional pela maneira como dedicam amor e os devidos cuidados uns aos outros. Fico muito feliz que seja assim : bem estruturda e bem acolhida pela vida . Que Deus abençoe a todos. Beijos.Vozuc
30 de setembro de 2011 às 16:27
hehehehehe. Adorei o post! Vai viajar!!! Nossa experiencia tambem foi parecida, optamos por viajar. Inclusive podem vir nos visitar pelas bandas da Irlanda! Abraços Jônatas.
1 de outubro de 2011 às 04:57
adorei o post, só faltou colocar o video mágico que vcs fizeram na viagem... muito amor pra vcs meus amigos, vcs merecem, com essa família linda então...
2 de outubro de 2011 às 03:52
Taty, amei o post!
Parabéns pela coragem e companheirismo dos dois! Espero que continuem viajando cada vez mais, agora com os filhos também. Teu post nos fez lembrar um pouco de nossa experiencia. Sei que as vezes nao é fácil optar pelas coisas do jeito diferente, mas a experiencia e o crescimento pessoal fazem valer a pena! Vão viajar sim ! bjs Si
4 de outubro de 2011 às 11:21
Eu sou o "nossos amigos", hehe... Conheço essa história desde o início e sempre torci muito muito muito... Vocês são pessoas muito especiais e que têm uma união que é de alma!!! Quando encontramos o amor da nossa vida, isso em si já é uma benção de Deus e a cerimônia é a celebração de algo que já existe, então não importa nem como, nem onde e nem quando... O importante é ser feliz!!!!
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